Tag: Belém do Pará

Aos 80 anos, Waldemar Henrique foi tema do “Quem São Eles”

As comemorações dos 80 anos do maestro Waldemar Henrique, iniciadas na sexta-feira,15 de fevereiro de 1985, foram estendidas por todo ano e a largada dos festejos aconteceu em clima de carnaval. Com a necessária antecedência de doze meses, a direção da Escola de Samba “Quem São Eles” marcou uma visita a WH para comunicar-lhe que ele seria o tema do grande desfile do ano seguinte.

— João Carlos Pereira

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Mário “Cuia”, Chico Buarque e uma história contada por Zeno Veloso

A historiadora do carnaval carioca sabia identificar as diferenças sócio-econômicas da festa. Na Zona Sul, os moradores faziam uma vaquinha, construiam um palanque e dançavam lá dentro, como se fossem coretos. Na Zona Norte residia a tradição, o verdadeiro carnaval de rua, com casais fantasiados de caveira, por exemplo, namorando.

— João Carlos Pereira

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Tanta gente que explodiu. Tantas vidas pelas ruas.

Existia um senhor que batia à nossa porta, um português, oferecendo peixe e camarão. Naquela época, não havia geladeiras como as de agora, elétricas. Lembro da caixa recheada com gelo em escama, comprado na fábrica Guarany, nossa vizinha, depois substituída por uma geladeira movida a querosene. Comprávamos tudo fresquinho, sem precisar ir ao mercado. “Seu” Peixe Camarão era o fornecedor de mariscos, num tempo em que não se falava em frutos do mar.

— João Carlos Pereira

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Uma aposentadoriazinha e outra parte de sua história

Antônio Erlindo Braga era auditor do Tribunal de Contas do Estado do Pará, quando chegou-lhe às mãos o processo de aposentadoria compulsória da professora Graziela Guimarães Pimentel. Ele analisou com atenção o pedido e o deferiu, lamentando o valor do benefício, depois de uma vida dedicada ao magistério, à época pouco menos de R$ 180,00. Isso mesmo: cento e oitenta reais. O salário mínimo, em 1994, ano era de exatos cem reais. Hoje, a professora Graziela Guimarães Pimentel não receberia mais do que R$ 1.800,00.

— João Carlos Pereira

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A história humanizada de uma mulher que apenas queria amar

Quando comecei a escrever sobre a professora Graziela, meu interesse era apenas a Arara. No máximo, aquela mulher a quem todos chamavam de louca. Havia um ser humano e uma personagem. Eu buscava a personagem. Depois do primeiro texto, o sentido da busca mudou. Por trás da caricatura existia uma criatura tão interessante, que a Arara perdeu a relevância. Na verdade, aos poucos foi desaparecendo de meus olhos e me tomei de tanta ternura pela pobre mulher, que comecei a procurar seu coração.

— João Carlos Pereira

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Um cristão que sonhava com igualdade para todos

Pouca gente tão cristã eu já encontrei como Nazareno Tourinho. Mais do que ele, difícil. Lutava por um mundo melhor para todos, mantendo os pés firmes, nas lutas do seu tempo, mas trazia os olhos voltados para Deus. Quando falávamos sobre a salvação das almas, baixava o tom da voz e quase segredava: “João, ninguém vai deixar de ser salvo. Ninguém”.

— João Carlos Pereira

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