Segunda semana

Retiro do Advento e Natal 2019

08.12 – Segundo Domingo do Advento

Texto: Lucas 1, 26-38

Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo.

Alegram-se céus e terra nesta Solenidade da Imaculada Conceição, realidade reconhecida pela Igreja há muitos séculos, exaltando-se a grandeza de Maria e a sua santa inocência. Esse dogma mariano contou com a colaboração do franciscano João Duns Escoto, que afirmou que Deus preservou Maria do pecado original, uma vez que Ela foi escolhida para ser a mãe do Salvador. Outro fato importante evidencia-se no pedido que Nossa Senhora fez a Santa Catarina Labouré para que esta cunhasse uma medalha com a seguinte jaculatória: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No dia 08 de dezembro de 1854, por meio da bula Ineffabilis Deus, do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente o dogma de “Maria isenta do pecado original”. Na primeira leitura de hoje, encontramos a condenação que Deus inflige à serpente, à qual se relaciona a profecia de que a mulher esmagará a cabeça do referido animal. Indubitavelmente, Maria é aquela que possui significativa parcela na missão de nos livrar de todos os males por maio da sua intercessão, haja vista ter sido a serva fiel que deu o seu “sim” ao Senhor, enquanto Eva ofereceu-lhe um “não”.

No Evangelho, apresenta-se-nos a anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, episódio histórico em que contemplamos a maior resposta da humanidade: o “sim” de Maria a Deus. Que esta celebração litúrgica colabore conosco no reconhecimento da importância de Nossa Senhora em nossa vida e que, por meio do exemplo de Maria, sejamos agraciados com a percepção de que também nós precisamos dar nosso consentimento a Deus em todos os momentos da nossa vida.

09.12 – Segunda-feira

Texto: Lucas 5, 17-26

Meu amigo, os teus pecados te são perdoados.

O Evangelho de hoje nos mostra que Jesus conhece o interior de cada pessoa. Pela cura do paralítico, chega-nos esta evidência, pois inquietos com a situação que se passou diante dos seus olhos, os fariseus e mestres da Lei começam a pensar sobre diversas coisas. Neste contexto, ouvimos a afirmação de que Jesus conhece o interior de cada um e a pergunta que Ele faz – “que pensais nos vossos corações?” – eleva-se como um questionamento extremamente importante e oportuno para nós, porque também precisamos nos interrogar sobre o que está no nosso coração. Inúmeras são as vezes que carregamos rancores, ressentimentos, mágoas; porém, somente na graça de Deus seremos capazes de nos livrar de tudo o que nos angustia e, por meio dessa libertação que apenas o Senhor pode realizar, aliviar os nossos corações para sermos transbordantes da graça e do amor divinos.

10.12 – Terça-feira

Texto: Mateus 18, 12-14

Esta é a vontade de vosso Pai, que está nos céus, que nenhum destes pequeninos se perca.

O Evangelho de hoje é um desenvolvimento da última instrução que aparece no início desse capítulo. Os pequenos de que se fala aqui são aqueles que se tornaram como crianças, e o convite em acolhê-los se traduz agora em três formas concretas: não escandalizá-los, não desprezá-los e não deixar que se percam. Essa última atitude é a temática da parábola da ovelha perdida.

Essa parábola, a da ovelha perdida, amplia a última exortação e proporciona uma explicitação do porque os pequeninos são importantes na comunidade cristã.

Talvez essa parábola, no seu contexto original, tivesse como finalidade apresentar a misericórdia de Deus. Mateus situa a parábola num contexto claramente eclesial. Dirige-se aos membros da comunidade cristã, para convidá-los a procurar os pequeninos que se desviaram do caminho. Coloca o acento na atitude do pastor solícito, que é capaz de abandonar todo o rebanho por uma só ovelha, e na enorme alegria que experimenta ao encontrá-la novamente.

11.12 – Quarta-feira

Texto: Mateus 11, 28-30

O Reino revelado aos simples.

Mateus reuniu aqui três sentenças de Jesus, que provavelmente tiveram a sua origem independente.

A palavra de Jesus é muito semelhante ao convite a se tornarem discípulos da sabedoria, que lemos nos livros sapienciais: “Vinde a mim”; “Tomai meu jugo”; “Encontrareis descanso”.

Esse jugo transformou-se num pesado fardo para o povo. Por isso, Jesus convida os simples para se tornarem seus discípulos, seguindo os seus passos em obediência filial à vontade do Pai.

Jesus convida a aceitar seu jugo, essa é uma imagem das exigências que derivam de sua mensagem. O seu jugo é suave, não como o da lei proposta pelos magistrados (escribas e fariseus) e sua carga é leve. Jesus convida todos a se aproximarem dele diretamente e não através da lei.

12.12 – Quinta-feira – Nossa Senhora de Guadalupe

Texto: Lucas 1, 39-47

Isabel ficou repleta do Espírito Santo.

O encontro das duas mães, em realidade, o encontro dos dois filhos. João Batista inaugura a sua missão anunciando por boca de sua mãe o senhorio de Jesus, manifestação de seu mesmo messianismo e de sua profunda relação com Deus.

A resposta de Maria à saudação de Isabel, que tradicionalmente designamos com o nome latino de “Magnificat”, é um Salmo de ação de graças composto por citações e alusões ao Antigo Testamento, de forma especial ao cântico de Ana, a mãe de Samuel (1Sm 2,1-10).

Lucas nos mostra neste canto um tema de sua predileção, Deus tem piedade dos pobres. Em realidade não há aqui somente um louvor aos pobres, dos quais Maria é a representante. Os que contam aos olhos de Deus são os que passam despercebidos pelos poderes deste mundo.

13.12 – Sexta-feira

Texto: Mateus 11, 16-19

Mas a sabedoria foi justificada por seus filhos.

Diferentemente do escândalo que as pessoas da época insistiam em atribuir à atitude de Jesus, o Evangelho apresenta-nos o comportamento do Senhor não como motivo de indignação, revolta ou desprezo, mas, ao contrário, como grande incentivo à nossa fé e ao nosso abandono às palavras e obras prodigiosas do Amor Divino. Embora sendo Deus, fez-se um de nós e viveu, em tudo, a nossa condição humana, com exceção do pecado. Isso nos mostra que, como Jesus, em sua humanidade, atingiu com perfeição a santidade por meio do seu comportamento e da sua relação com Deus, também nós somos capazes de alcançar a santidade. Para que cheguemos a tal realidade, porém, é necessário que tenhamos, primeiramente, disponibilidade para colhermos a Palavra de Deus e boa vontade para colocarmos em prática tudo aquilo que Ela nos comunica e de nós espera.

14.12 – Sábado – Repetição

Não é o muito saber que satisfaz a pessoa, mas o sentir e saborear as coisas internamente

A oração de cada sábado consiste no exercício chamado de repetição. Trata-se de aprofundar aquilo que rezei durante a semana. Santo Inácio diz: Não é o muito saber que satisfaz a pessoa, mas o sentir e saborear as coisas internamente [EE 2]. Por isso não é apresentada uma nova matéria de oração para este dia. Faço, pois, a oração, a partir do texto ou moção que mais me consolou ou que mais me desolou na semana que passou.


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Material oriundo do portal dos Jesuítas Brasil

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