Quarta semana

Retiro do Advento e Natal 2019

22.12 – Quarto Domingo do Advento

Texto: Mateus 1, 18-24

Eis como nasceu Jesus Cristo.

Com magnifica clareza e precisão, as Sagradas Escrituras mostram-nos, nesta celebração litúrgica, que Jesus é, verdadeiramente, o Emanuel, “Deus conosco”, o qual se encarnou no seio da Virgem Maria e fez-se nosso irmão para nos mostrar que caminho nos levará, de maneira definitiva, a conquistar nossa salvação. A sensibilidade de Acaz, percebida na primeira leitura, por não buscar tentar Deus pedindo-lhe um sinal, evidencia-se-nos como mensagem de suma importância, pois nós, por inúmeras vezes, em nossas orações, suplicamos sinais a Deus que comprovem a presença d’Ele em nossa vida. Com isso, além de colocar em dúvida sua existência, esquecemo-nos de que o Senhor sempre está ao nosso lado, o que nos indica a primeira leitura em que o profeta Isaías anuncia que Deus não abandona o seu povo e quer percorrer, lado a lado com ele, a história dessa bela aliança, que une o rebanho ao seu pastor com amor inigualável. Na segunda leitura, Paulo nos exorta que, por meio do encontro com Cristo, precisamos, não apenas guardar conosco o anúncio, mas proclamá-lo a todas as pessoas. Como conclusão dessa reflexão espiritual, o Evangelho apresenta Jesus como sendo, autenticamente, o “Deus conosco”, isto é, Deus que vem ao encontro do ser humano e assume a sua condição mortal, com o único propósito de apresentar-lhe uma proposta de salvação. Quanto a nós, mediante essa motivação, devemos acolher, de braços abertos, os desígnios que o Senhor nos remete e deixar-nos transformar por seus propósitos de santificação e felicidade perpétua.

23.12 – Segunda-Feira

Texto: Lucas 1,57-66

João é o seu nome. E todos ficaram pasmados.

O nome João significa “aquele que anuncia”. A origem do nome desta criança indica o caráter excepcional de João Batista e sua missão nos novos tempos que ora se iniciam.

O acordo entre a mãe e o pai num nome que não fosse familiar aparece como divinamente inspirado. Daí que Zacarias quando recuperou a fala, depara-se com todos os vizinhos que se interrogaram sobre o futuro de João Batista.

Ele se apresenta como testemunha fiel da luz que anuncia e apresenta ao mundo. João vai à frente do Cristo e, com sua palavra e exemplo, apresenta as condições necessárias para se receber a salvação.

As promessas de Deus feitas a Zacarias se realizam em meio à alegria, sinal de que os tempos do cumprimento chegaram.

João convida o povo a reconhecer o Cristo como o sol que nos vem visitar. A vida e a missão de João Batista têm uma profunda relação com a vida de todo aquele que busca a Deus.

24.12 – Terça-Feira

Texto: Lucas 1, 67-79

Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.

Há muita gente que espera de Jesus uma salvação superficial, uma liberdade em relação apenas as coisas temporais.

O cântico de Zacarias inicia com o louvor a Deus, reconhecendo a visita que Ele fez ao seu povo.

Esse cântico coloca diante de nossos olhos a coisa mais essencial que Jesus nos traz, a verdadeira natureza da liberdade: a libertação de todos os nossos inimigos. Isso significa a libertação de tudo o que nos mantém longe de nosso destino como filhos de Deus. Significa a salvação do pecado, do egoísmo e da injustiça.

A missão do Batista é ser profeta do Deus Altíssimo, que prepara o caminho do Filho de Deus. E o Filho de Deus guiará o povo pelo caminho da paz, da harmonia e da vida plena.

É mais do que tudo, uma salvação que guia nossos passos e garante-nos urna paz douradora.

25.12 – Quarta-Feira

Texto: João 1, 1-18

E o verbo se fez carne e habitou entre nós.

Jesus é a Palavra decisiva de Deus, manifestando o amor que Deus tem pelos homens. Este texto é o prólogo de João, que acentua a divindade do Verbo. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós para melhor experimentar nossas dores e alegrias, nossas derrotas e vitórias, nossas festas e nossas solidões.

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós para nos ensinar a carregar os pesos uns dos outros, a lavar os pés uns dos outros, a nos amar e a nos olhar e a nos reconhecer como irmãos uns dos outros. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós para poder morrer pela nossa salvação, para nos dar a certeza de que o mal e a morte são vencidos, para nos abrir o caminho da ressurreição e para ficar conosco para sempre através da Eucaristia. Enfim, Jesus se fez nosso irmão para que nos tornemos todos filhos de Deus. E hoje o mundo para diante da gruta de Belém para celebrar o encontro de Deus com a humanidade.

26.12 – Quinta-Feira

Texto: Mateus 10, 17-22

Tomai cuidado com os homens.

As palavras de Jesus neste texto de hoje são proféticas. Ele nos anuncia aquilo pelo qual os cristãos de alguns lugares estão passando hoje: incompreensão, contradição e perseguição.

O destino do discípulo de Jesus é o mesmo do Mestre. Jesus foi rejeitado pelos grupos dos fariseus como inimigos da ordem querida por Deus. O mesmo acontecerá com os discípulos.

Um discípulo de Jesus tem como tarefa testemunhar o Mestre, na pobreza, na simplicidade, na humildade, com toda a coragem e clareza, em todas as circunstâncias.

A força do discípulo está no Espírito que o inspira e o fortalece até o fim. Com Cristo, todo cristão é um sinal de contradição.

27.12 – Sexta-Feira

Texto: João 20, 2-8

Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram.

Com profunda veneração, a Igreja celebra a memória de São João Evangelista, cujo nome significa “Deus é misericordioso”. Nasceu em Betsaida e era pescador. Denominado “discípulo amado” do Senhor, esteve a todo momento ao lado de Jesus, inclusive na hora de sua morte na cruz. Testemunhou, ao lado de outros poucos apóstolos, a Transfiguração do Senhor e muitos outros episódios que Jesus reservara a um grupo seleto. São João, um dos últimos apóstolos a morrer, enfrentou grandes perseguições na Igreja, principalmente por Nero e Domiciano. Completou sua missão e morreu com quase 100 anos. Não é precisa uma data para sua despedida desta terra e ingresso nas alegrias celestes; sabe-se, porém, que aconteceu no final do primeiro século. Teólogo das alturas e literário apocalíptico, morreu deixando-nos, além da ilustre vida e do testemunho das maravilhas do Senhor, uma herança escrita incomensurável: o quarto Evangelho, o Livro do Apocalipse e três cartas.

28.12 – Sábado – Repetição

A oração de cada sábado consiste no exercício chamado de repetição. Trata-se de aprofundar aquilo que rezei durante a semana. Santo Inácio diz: Não é o muito saber que satisfaz a pessoa, mas o sentir e saborear as coisas internamente [EE 2]. Por isso não é apresentada uma nova matéria de oração para este dia. Faço, pois, a oração, a partir do texto ou moção que mais me consolou ou que mais me desolou na semana que passou.


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Material oriundo do portal dos Jesuítas Brasil

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