Quem não pensa grande está perdido

Preparação orante para a festa de Santo Alberto Hurtado
Sexto dia

Texto de Santo Alberto Hurtado

A humildade consiste em pôr-se em seu verdadeiro lugar. Diante dos homens, não em pensar que sou o último deles, porque não o creio; diante de Deus, em reconhecer continuamente minha dependência absoluta em relação a ele, e que todas as minhas superioridades diante dos outros provêm dele.

Pôr-se em plena disponibilidade diante de seu plano, diante de sua obra que é preciso realizar. Minha atitude diante de Deus não é desaparecer, mas oferecer-me com plenitude para uma colaboração total.

Humildade é, portanto, pôr-se em seu lugar, tomar todo seu lugar, reconhecer-se tão inteligente, tão virtuoso, tão hábil quanto cada um crê sê-lo; dar-se conta das superioridades que cada um crê ter, mas sabendo-se em absoluta dependência de Deus, e que tudo recebeu para o bem comum. Esse é o grande princípio: Toda superioridade é para o bem comum (Santo Tomás).

Não sou eu quem conta, é a obra. Não me sujeitar. Caminhar com o passo de Deus. Não correr mais do que Deus. Fundir a minha vontade de homem com a vontade de Deus. Perder-me nele. Tudo o que agrego de puramente meu é demais; melhor, é nada. Não esperar reconhecimento, mas alegrar-se e agradecer os que vêm. Não se humilhar diante dos fracassos; olhar o que permanece por fazer, e saber que amanhã haverá um novo golpe, e tudo isso com alegria.

(…) Quem não pensa grande, em função de todos os homens, está perdido de antemão. Alguns lhe dirão: Cuidado com o orgulho!… por que pensar tão grande?. Mas não há perigo: quanto maior é a tarefa, tanto menores nos sentimos. Vale mais ter a humildade de empreender grandes tarefas com o perigo de fracassar do que o orgulho de querer ter êxito apequenando-se.

(…)


Excerto do texto “O homem de ação” (Reflexão pessoal escrita em novembro de 1947) [texto original]

Leitura inspiração

«Acontecerá como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamando seus empregados, entregou seus bens a eles. A um deu cinco talentos, a outro dois, e um ao terceiro: a cada qual de acordo com a própria capacidade. Em seguida, viajou para o estrangeiro.

O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. Do mesmo modo o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas, aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.

Depois de muito tempo, o patrão voltou, e foi ajustar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos, entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. O patrão disse: ‘Muito bem, empregado bom e fiel! Como você foi fiel na administração de tão pouco, eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria’. Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. O patrão disse: ‘Muito bem, empregado bom e fiel! Como você foi fiel na administração de tão pouco, eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria’.

Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, eu sei que tu és um homem severo pois colhes onde não plantaste, e recolhes onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo, e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O patrão lhe respondeu: «Empregado mau e preguiçoso! Você sabia que eu colho onde não plantei, e que recolho onde não semeei. Então você devia ter depositado meu dinheiro no banco, para que, na volta, eu recebesse com juros o que me pertence’. Em seguida o patrão ordenou: ‘Tirem dele o talento, e dêem ao que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, será dado mais, e terá em abundância. Mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a esse empregado inútil, joguem-no lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes.»

Mateus 25,14-30
Reflexão

Santo Alberto Hurtado nos convida a participar da construção do Reino com a inteireza de nosso ser, sobretudo considerando os dons nos dados por Deus. Subestimar ou não usar as especiais qualidades que cada um de nós tem é desanimar e apequenar-nos.

— Reconheço em mim dons e qualidades que podem ser usados na construção do Reino?


Preparação orante para a festa de
SANTO ALBERTO HURTADO
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IGNATIANA é um blog de produção coletiva, iniciado em 2018. Chama-se IGNATIANA (inaciana) porque buscamos na espiritualidade de Inácio de Loyola uma inspiração e um modo cristão de se fazer presente nesse mundo vasto e complicado.

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