Uma mística em tempos de absolutização das coisas mundanas

Cláudio Souza Cassimiro

Começo o meu texto com uma frase célebre de Karl Rahner: “o cristão do futuro, ou será místico ou não será cristão”, que me abre a perguntas instigantes: Onde há mística neste momento presente? Como nos desvencilhar desses absurdos que estamos vivendo como Humanidade? Como saborear a presença amorosa de Deus? Onde está o místico para nos apontar um norte? O profeta, que anuncia e denuncia, não existe mais?

Buscar as respostas é vislumbrar caminhos que podem ajudar-nos a concretizar os sonhos de uma Humanidade mais fraterna. Devemos ser como mendigo que olha a lua. Sem saber o que é realmente. Aceitando que, às vezes, é preciso aprender mais sobre ela. Aprender a ser mais cristão místico nesse tempo em ebulição. Caminhar lentamente por essa seara confiante e destemida de que Ele vai à frente. Olhar sem medo para o que poderá vir, usando nossos instrumentos de crescimento espiritual: oração pessoal, silêncio que qualifica e dignifica a palavra dita por Deus e favorece em mim a possibilidade de uma mística do cotidiano da vida.

Ainda como resposta às nossas questões primordiais, a atenção aos principais sentidos (olfato, paladar, tato, audição e visão) é uma maneira bonita de nos tornarmos mais fraternos. Ouvir sem medo de ouvir. Falar com integridade. Saborear as coisas no paladar e sentir o cheiro de cada uma, tocar a face de outrem, são maneiras, talvez, de sairmos desses secularismos, dessa fluidez líquida, desses barulhos, dessas absolutizações das coisas do mundo. Não podemos caminhar sozinhos. Fomos criados para vivermos uma comunidade de fé. Fomos criados por amor e para o amor.

Por isso, deve ser no amor de Cristo por nós que devemos ajudar a outros na sua busca por sentido, colaborar na oração e na escuta e assim ajudar a encontrar o que Deus tem pedido. Missão é difícil e árdua. Mas Deus nos cumula de graça dons e nos deu seu Espírito Santo de amor que vai à frente e perpassa todo o caminho.

A peregrinação por este mundo é simultaneamente árdua e suave. Todos os dias, buscamos sentido para o que fazemos. Às vezes, em um instante, encontramos atrativos que fazem parecer que achamos tal sentido. Mas, de repente, nos parece que tudo fica nublado e sem luz. Perdemos o foco e lá se vai o que tínhamos encontrado.

Vejam os discípulos de Emaús: eles caminhavam sem esperança, depois de buscar pela verdade sobre Jesus. Mas, os seus corações ardiam quando o Senhor lhe falava das Escrituras. Assim, quando conseguem parar de lamentar e escutar, eles começam a crescer na fé e saem da escuridão, ou das coisas que não têm importância, e conseguem ver aquilo que é necessário no partir do pão.

É preciso, sim, propor algo que dê sentido à vida. Sugerir uma atenção ao corpo com técnicas que ajudam a relaxar pode, sim, encontrar sentido para determinadas dores da alma. Instruir alguém na meditação é necessário para uma busca de sentido, pois assim ajuda o outro a fazer um processo de escuta pessoal. Na mesma linha de raciocínio, cremos ser interessante nesse tempo de escuridão propor que escutemos nosso interior. Que sejamos mais oracionais. Que tenhamos a delicadeza de observar nosso movimento interno, nossas moções, como propunha Inácio de Loyola nos Exercícios Espirituais (EE).

Outra oportunidade de crescimento nesta mística espiritual é ser acompanhado por alguém. A escuta silenciosa e amorosa de alguém pode quebrar toda essa corrente de escuridão. Com esse serviço que a Igreja oportuniza, posso compreender melhor como se dá dentro de mim os sentimentos, as atitudes e as mudanças, porque na orientação, encontro eco do que falo, do que escuto de mim mesmo, e ainda mais, do que escuto de Deus.

Diversos caminhos para longe do essencial

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
… Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Legião Urbana. Índios. Álbum: Dois. 1986

Essa música da Banda Legião Urbana mostra que estamos vivendo em uma sociedade cada vez mais controlada pelo não sofrimento. Vamos apagando do nosso corpo sinais vitais de sentidos essenciais à nossa sobrevivência neste mundo, não sentimos mais nossas dores (Mendonça, 2016, p. 15). A dor do outro, não nos incomoda mais.

A rotina e o conformismo com a situação de injustiça sofrida por pessoas ao nosso redor vão se tornando efemeridades e percebemos já afetando a realidade de todos e todas. Quando isso acontece, já não sentimos como devemos sentir, já não enxergamos como devemos enxergar, enfim, sobrevivemos como umas estátuas vivas. Os nossos sentidos se desinstalam do nosso corpo, ficam as carcaças sobrepostas diante de umas obviedades do tempo e as coisas do mundo.

Vejam a quantidade de pessoas mostrando belas imagens de si e das coisas, as aparências parecem ser o melhor remédio para todos os males. Tudo parece ser um lugar perfeito. Celebrações são suntuosas, às vezes são puros status. Uma parafernália para exibir o sagrado. Onde está o simples que aparece na pessoa de Jesus na Última Ceia?

Existe uma crise que o excesso de consumo tem feito em nós. A quantidade de notícias tem apontado para essa crise instalada. Ter parece ser o melhor negócio. O efêmero passou a ser necessário e fixo. Nesse sentido, o consumo é uma ficção que apresentamos ao mundo como promessa de vida e muitas vezes não nos preenche (Mendonça. 2016, p. 27). Pensemos na Casa Comum que, de certa forma, é quem produz ao máximo para dar conta desse consumo exacerbado dos humanos carentes de fraternidade, a tal ponto de nos tornarmos mais individualistas, violentos para com gaia e assim reciprocamente com o outro humano ao nosso lado.

Nossa vida de andarilho por este mundo ainda se depara com imensidão de ruídos, imagens e sons. Cada dia são milhares de informações para absorver e nos mantermos sem nos afetarmos. Elas vêm e vão sem a maturação necessária que o nosso corpo precisa. Tudo isso reage e acontece sobre o ser humano quando quer entrar em contato consigo mesmo e com Deus. Como ter, então, uma oração pessoal simples e saborosa sem nenhuma intervenção externa? (Boff. 1971, p. 20).

A velocidade das coisas também é uma dificuldade de continuarmos a perceber as coisas sensíveis que Deus tem-nos dito a cada instante. O tempo tem sido cruel ou, melhor dizendo, a percepção que se tem dele é negativa e doente. Por causa do tempo deixamos de viver o que é melhor para se viver em cada tempo da vida. Quanto mais coisas nós fizermos, melhor será? A qualidade das coisas que fazemos, parece não importar muito. Termino a minha agenda em vinte horas, mas faltam mais doze horas para terminar as outras tarefas. O essencial ficou para trás.

Onde está o essencial? O que nos apetece? Qual caminho seguir? Creio ser essa a reflexão que aponto. Como ver tantos caminhos e encontrar o essencial e focar na minha busca pelo sentido da vida?

Absolutização das coisas do mundo: apego ao superficial

O perigo de pegar um atalho – e não a estrada que leva ao essencial – é real. Estamos vivendo um secularismo, ou seja, a absolutização do que não é necessário. Apegando-nos ao superficial. Bens falsos, orações superficiais. Amores efêmeros. Enfim, um excesso de coisas que substitui a vida mesma em Deus.

O presente texto ilustra bem a reflexão:

Secularização é o nome que exprime a autonomia legítima dos valores do mundo. […]. A secularização é boa e querida por Deus. Mas pode degenerar em secularismo, que é uma absolutização dos valores do mundo. O cristianismo não nos manda optar pelos bens celestes em desprezo dos terrestres. Manda apenas distinguir entre os bens falsos e verdadeiros, que são tanto aqui como no céu. […]. Pode acontecer que o cristão ame de tal forma sua realização terrestre que quando se dá conta só ama isto. Deus não é mais o centro de seu projeto fundamental de vida. Apenas objeto de suas fórmulas de oração.

Boff. 1971, p. 19 -20

Assim, acredito que se tivéssemos uma interioridade contínua em nossa vida, poderíamos interromper esse ciclo de morte, de atrofia dos sentidos. Estamos escolhendo bens falsos. Enchendo de amor o que é duvidoso. Estamos agarrados a premissas de vida que não levam a um amor mais puro e digno.

Vejo as pessoas presas ao superficial. Vamos de um lado para o outro, procurando algo mais profundo. Absolutizamos o bem-estar momentâneo. Queremos tudo neste momento. Nossa intimidade, todos conhecem, todos parecem ter acesso. Se você não é adepto ao Instagram (ou coisa que o valha) não faz parte do mundo. Sofrimento é negado a todo o momento. O belo está em estar exposto o tempo todo, mostrar o que come e o que veste, enfim um Big Brother contínuo. O pior é que achamos que isso é a verdade, o definitivo.  

A cena bíblica do jovem rico ajuda a pensar sobre o que estamos refletindo. O jovem rico pergunta a Jesus: o que devo fazer para herdar a vida eterna? Ele responde: vai, vende tudo que tem e dá aos pobres. Fala do amor que está acima da lei. Depois fala de uma vida possível de viver, de entrega, de doação. Essa vida é contrária ao que o mundo propõe hoje. Embora o jovem tenha ido para sua vida “normal”, mas com Jesus temos a possibilidade de viver com sentido, não podemos ficar cegos, sem olhar fixamente para Ele. Saberemos o que é colocar no instante presente os bens a serviço do próximo. É viver com sentido. Um exemplo que ajuda a ilustrar a cena do jovem rico é e foi Santo Inácio. Propõe os Exercícios Espirituais para o homem vencer a si mesmo e ordenar a própria vida sem se determinar por nenhuma afeição desordenada (EE 21).  

Com tudo isso dito, se não nos tornarmos místicos iremos em direção a uma guerra em que os vencedores serão o cansaço, o medo, a insegurança e perderemos o sentir e saborear internamente todas as coisas, o ouvir bem, sentir o gosto das coisas bem, o cheirar bem, o tatear bem e o bem falar.

Assim como os discípulos de Emaús voltaram correndo, quando experimentaram que o caminho certo é com Jesus que nos ensinou com sua vida como devemos viver e ao partir o pão, notaram que o coração se abria e viam que Jesus havia ressuscitado. Um deles disse: o coração não ardia quando ele falava das coisas divinas? Para tirar proveito dessa contemplação voltemos depressa ao caminho essencial, saiamos dessas absolutizações mundanas, encontremos sentidos que nos ajudem a viver melhor. Para sentir profundamente Jesus, precisamos continuar a olhar para Ele.  

Enfim, temos a certeza de que as coisas estão onde não podemos enxergar, só precisamos ver com o coração. Estar atento aos detalhes de cada instante. Voltar pela estrada certa. Deixar nossos bens passageiros e fluídos, buscar sentidos mais duradouros para sentir e saborear a vida com sentido e como um todo, como a vida exige.

A mística neste instante do mundo

A mística requer uma vida de atenção ao mundo. Ser sensível aos movimentos que o mundo faz. Ser aberto e dialogal. Uma paciência histórica e amorosa para todas as coisas. Como Inácio disse “Em tudo amar e servir”.

Então, como encontrar a mística? Como desenvolvê-la? Deus vai ensinar. O Espírito de Deus vai guiando.

Vejam esse exemplo: outro dia andando de metrô na cidade de São Paulo, indo trabalhar, uma senhora de meia idade estava sentada. A sua frente dois jovens conversavam sobre várias coisas. Entretidos com as coisas deles, atentos aos recursos a mão, ágeis em usar esses recursos. Conversavam um com outro sem muito aprofundamento. Cada um com o seu iphone ouviam suas músicas, vestiam o que achavam ser do seu agrado, enfim se faziam presentes naquele espaço dentro do transporte público. De repente a senhora se deu conta que a jovem estava com o cadarço do tênis desamarrado. Curvou-se diante da jovem e lhe arramou tênis. A jovem toda desconsertada e sem saber o que fazer, aceitou. Agradeceu. Continuou sua conversa com o outro jovem ao seu lado como se nada tivesse acontecido, apenas surpresa com a atitude. A senhora, muito comunicativa, explicou porque amarrou o tênis da moça. Segundo ela, um dia estava com o tênis desamarrado caiu quebrou um osso do rosto, por isso, agora não gosta de ver ninguém com os sapatos desamarrados.

O cuidado dessa senhora é o caminho para uma vida mística. As coisas estão aí, mas não são só isso que elas apresentam, mas sim são o que nós podemos descobrir das coisas e os que elas têm de especial para nos oferecer. A senhora não queria que a jovem caísse. Cuidou dela do jeito que entendeu poder cuidar. O sentido do instante é esse. Ela não se fez estranha em mundo tão relativista e sem sentido.

Hoje creio que Papa Francisco vai se colocando diante da humanidade e deixando-se guiar pelo Espírito de Deus: um místico de verdade. Uma vida que se apresenta mística. Sensível aos clamores da humanidade. Ele mantém o olhar em Jesus e traduz com seu exemplo o ser cristão de verdade. 

Talvez se tivéssemos mais místicos em nossa humanidade seríamos cada vez mais uma humanidade mais mística. O místico nos aponta um caminho de luz, de encontro com o sagrado, com o divino. O místico é aquele que não para de caminhar. Ele é um ser universal, não é excludente (Mendonça. 2016, p. 31). O místico é um ser amparado por uma áurea de santidade e de respeito. Ele percebe que a oração é o melhor caminho de intimidade com Deus. A oração intensifica o relacionamento pessoal com Senhor e propõe viver profundamente os mistérios da vida. E é nesse relacionamento que podemos viver uma mística do instante, contrária ao secularismo.

Se descuidarmos da oração, todo o restante da vida perde seu sentido mais profundo. Não há terapia que dê jeito. É a vida mística que dá integralidade, se a pessoa não está ordenada para amar o Amor de verdade, se esvai por aí sem sentido. Entendo, assim, que a frase de Karl Rahner está viva e que é possível vivê-la na força do Espírito de Deus e na experiência profunda de Deus.  

Então, para continuarmos esse entendimento místico, a oração pessoal é uma oportunidade divina de encontrar uma mística, uma maneira de se relacionar com Deus. E tem outro componente riquíssimo nessa oração que pode ajudar a encontrar também um místico: o silêncio. Jesus propõe que façamos a nossa oração em um lugar afastado. Longe dos nossos barulhos internos, respeitássemos o nosso desejo de estar só com o Bem maior.

Desafio grande é o silenciar. Nossos barulhos são arrefecidos com nossas palavras. Quando calar e quando falar na minha oração? Os místicos nos dão lições neste sentido. Enobrecem com suas vidas e palavras a nossas vidas. Vejam esse texto que encontrei:

A palavra e o silêncio não são opostos, mas são como as duas faces de uma mesma moeda: aquele que ora não tem que escolher um e renunciar ao outro, mas conciliar os dois e mostrar que ambos são necessários para veicular a experiência vivenciada na oração. Deus colocou no ser humano uma necessidade e uma capacidade seja de silêncio seja de expressão verbal. O silêncio se situa entre dois exercícios de linguagem: ele procede da palavra e a ela reconduz. A linguagem da oração, por quanto se sirva de palavras, encontra-se sempre diante da dificuldade para exprimir o indizível.

Costa, 2018

Por isso, o silêncio é ponto contraditório a todo esse barulho e ruídos apresentados a nós neste século vinte um. Passamos fome de uma palavra que sustente o silêncio. Queremos falar tudo sem silenciar. Queremos silenciar falando de tudo. São João da Cruz diz que Deus pronuncia sua palavra em eterno silêncio e que devemos escutá-la em silêncio. Entretanto, esse é um excelente caminho para entendermos que o silêncio é instrumento da oração, da partilha e irá fortalecer nossa relação espiritual.

Li um livro que se chama “Como o místico amarra o sapato: o segredo das coisas simples”. Belíssimo. Foram dicas preciosíssimas de como ser místico. Como olhar a vida com simplicidade. Como calar na hora que é para calar. Falar mesmo não tendo as palavras para falar. Volto à senhora que amarrou o cadarço da jovem. Está aí a mística do momento presente. Simplicidade no cotidiano.

Ainda dentro desse contexto que estamos refletindo, aponto a orientação espiritual como uma resposta preciosa e contrária a essa absolutização das coisas do mundo. É cuidado de quem amarra o cadarço para não cair e quebrar o osso do rosto. 

A orientação espiritual cristã ajuda a enxergar novas às coisas. Põe luz onde não havia luz. A humanidade transcende. Aquele momento de partilha deveria ser um momento mais precioso. Sagrado. Assim como a oração o é. A partilha é um sacramento do instante. É a junção do conjunto A com o conjunto B. Ali onde eles se unem. História divina e história humana, uma intersecção. Aquele momento de encontro dessas duas realidades (Mendonça. 2016, p. 35).

Por isso, olho tudo a partir deste instante. Ele me leva a um Magis, um sobressalto no escuro. Experiência de eternidade. A renovação de nossas células que tudo vê diferente e novo. A menina com cadarço amarrado parecia não acreditar que alguém poderia fazer aquilo que aquela senhora fez. Vejamos atitudes lindas do Papa Francisco como desinstala os corações duros e insensíveis. E continuo, o instante nos manda para o interior de nossa própria existência (Mendonça. 2016, p. 36). Assim, podemos ser místicos neste momento tão complicado do mundo. Elementos têm de sobra para fazer isso. Não é fácil. É o peregrinar contínuo e junto ao outro. Temos de contar sempre com Espírito de Deus que nos conduz na História e na Igreja.

E, vejam bem, ser um ser de oração em tempos de desordem é grande apelo. Ter uma mística que adentre um momento instante é desafio hercúleo. Mas é para quem tem Deus no coração e na vida diária. Vê Deus em todas as coisas e é para aqueles que olham para Jesus e veem o Pai. É graça plena do Espirito Santo de Amor. 

Conclusão

Ponho muita fé na espiritualidade como sinal sagrado da presença de Deus neste mundo. A força da espiritualidade em nosso corpo ajuda a transcender nossa dimensão humana para uma dimensão divina. E tem mais, perceber os místicos do nosso tempo e os que deixaram suas marcas são sinais de que o Espírito de Deus continua atuando em nossas vidas para que nasçam mais místicos para a humanidade.

Creio que a arte pode ajudar a sair desse caminho que estamos passando. A música, a pintura, a dramaturgia, o circo, o teatro, o cinema, podem mostrar o belo, o efêmero, o essencial da vida com humor e alegria. Podem trazer um instante da beleza humana e assim conseguiremos ver a beleza de Deus contida no ser humano. Todas as ciências podem contribuir também, mas não ajudam a santificar a vida como um todo.

Mas a mística, sim, é o sinal mais eloquente de uma vida vivida no Amor e para o Amor.

Mas a mística, sim, é o sinal mais eloquente de uma vida vivida no Amor e para o Amor. Atentos aos apelos que Deus nos faz a vencermos os sinais contrários à presença Dele neste mundo através da nossa oração silenciosa e pessoal e nossa partilha sincera podemos chegar à alegria da Ressurreição prometido por Cristo. Importante também, dentro dessa dinâmica da mística, o cuidado contínuo de quem se dispõe em nome de Cristo a ser orientador espiritual do outro, missão divina e salutar para vida espiritual como um todo. Termino: Em tudo amar e servir.


Bibliografia

BÍBLIA, Tradução Ecumênica. Revisada e corrigida. São Paulo: Loyola, 1995.

BOFF, Leonardo. A oração no mundo secular: desafio e chance. Petrópolis: Vozes, 1971.

COSTA, Alfredo Sampaio. A oração como falar e calar. Tema 3. ECOE: oração cristã e acompanhamento espiritual. Texto dado no curso.

COSTA, Maurizio. Voce tra Due Silenzi. La preghiera cristiana. EDB, Bologna 2004.

Exercícios Espirituais de Santo Inácio. São Paulo: Loyola, 1994.

MARTI, Lorenz. Como um místico amarra os seus sapatos: o segredo das coisas simples. Petrópolis: Vozes 2008

MENDONÇA, José Tolentino. A mística do instante: o tempo da promessa. São Paulo: Paulinas, 2016.

SCIADINI, Frei Patrício. Silêncio. São Paulo: Loyola, 2000.


Cláudio Souza Cassimiro é leigo, pertencente à Comunidade de Vida Cristã (CVX), comunidade Cardoner, São Paulo (SP).

CVX: Uma Vocação

Imagem: Lígia de Medeiros – Azulejo

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IGNATIANA é um blog de produção coletiva, iniciado em 2018. Chama-se IGNATIANA (inaciana) porque buscamos na espiritualidade de Inácio de Loyola uma inspiração e um modo cristão de se fazer presente nesse mundo vasto e complicado.

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