Tempo do Natal

Retiro do Advento e Natal 2021

Proposta de oração
02.01 – Domingo da Epifania

Leio o texto de Mateus 2, 1-12

Hoje celebramos uma das grandes festas do Ciclo de Natal – a Manifestação do Senhor (“Epifania” em grego), onde comemoramos o fato de que Jesus foi manifestado, não somente ao seu próprio povo, mas a todos os povos e nações, representados pelos Magos do Oriente. Embora a festa tenha muita popularidade folclórica, também proclama uma grande verdade da fé – que a salvação em Jesus é para todos os povos, sem distinção de raça, cor ou religião. Retomando a grande intuição do profeta Isaías, celebramos hoje a salvação universal em Jesus. O texto de hoje é altamente simbólico – usa uma técnica da literatura judaica chamada “midraxe”, ou seja, uma releitura de passagens bíblicas, com o intuito de atualizá-las. Assim, Mateus quer ensinar algo sobre Jesus, usando figuras e símbolos tirados de diversos textos do Antigo Testamento. Por exemplo:

  • Vêm os magos (nem três, nem reis!) buscando o Rei dos Judeus. Esses magos lembram os magos que enfrentavam e foram derrotados por Moisés (Êx 7,11.22; 8,3.14-15; 9,11) e acabaram reconhecendo o poder de Deus nas maravilhas feitas por Ele.
  • A estrela é sinal da vinda do Messias, relendo a profecia de Balaão em Nm 24,17.
  • O menino nasce em Belém, conforme a profecia de Miquéias (Mq 5,1)
  • Os presentes lembram as profecias de Segundo e Terceiro-Isaías, e dos Salmos, sobre os estrangeiros que viriam a Jerusalém trazendo presentes para Deus (Is 49,23; 60,5; Sl 72,10-11).
  • Herodes, como o Faraó, massacra os filhos do povo de Deus (Êx 1,8.16).

O texto chama a atenção pelas reações diferentes diante do nascimento de Jesus. Os que deveriam reconhecer o Messias — pois são versados nas Escrituras — ficam alarmados, pois para eles, opressores do povo através da religião e da política, Jesus e a sua mensagem constituem uma ameaça. Outros, pagãos do oriente, buscando sem ter certeza, arriscam muito para descobrir o verdadeiro Deus, e entregam-lhe presentes, sinal da partilha, grande característica do Reino que Jesus veio pregar.

Textos para a semana
03.01 – Segunda-Feira

Texto: Mateus 4, 12-17.23-25

E Ele curava a todos.

São Mateus escreveu seu Evangelho para os judeus. Daí a preocupação em mostrar a seus irmãos que, em Jesus, tinham-se realizado todas as profecias sobre o Messias. Os termos da profecia valem também para nós, quando lemos: este povo que jazia nas trevas viu resplandecer uma grande luz; e surgiu uma aurora para os jaziam na região sombria da morte. Quando alguém está vivendo em pecado, afastado de Deus, é como um morto ambulante. Mas a graça do Pai lhe é oferecida sempre; e o Senhor nada mais quer que esse alguém se converta e viva. Rezemos para que tais pessoas abram o coração para Deus.

04.01 – Terça-Feira

Texto: Marcos 6, 34-44

Jesus viu uma grande multidão e se compadecia dela…

Diz o texto do Evangelho de São Marcos que ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela; e, no versículo anterior, está registrado que, de todas as cidades, muitos acorreram a pé para o lugar aonde Jesus se dirigia. Como tanta gente chegava até Nosso Senhor, senão pelo convite, pela propaganda “boca a boca”? Convidamos também nossos amigos e conhecidos para nos acompanhar até à igreja? Compartilhemos com eles a grande alegria de sermos cristãos e de rezarmos juntos!

05.01 – Quarta-Feira

Texto: Marcos 6,45-52

Tranquilizai-vos, sou eu; não vos assusteis!

Parece-nos bem estranho que o Evangelho registre que, após a multiplicação dos pães, Jesus tenha obrigado os seus discípulos a subirem para a barca, enquanto despedia o povo. Quem nos dá o motivo é São João, que, ao terminar a narrativa desse mesmo milagre de Jesus, aquela gente dizia: “Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo.” Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte. De fato, Jesus é Rei, mas seu Reino não é deste mundo; baseia-se no amor gratuito aos irmãos. Era o que nosso Salvador havia acabado de fazer. Nós somos convidados a entrarmos nesse Reino de amor, fazendo o bem aos irmãos.

06.01 – Quinta-Feira

Texto: Lucas 4,14-22a

E a sua fama divulgou-se por toda a região.

Jesus, afinal, visitou sua terra. Sua fama o precedera, de modo que a sinagoga de Nazaré ficou pequena para conter tanta gente. Suas palavras eram diferentes. Quando, porém, ele leu um trecho do livro do Profeta Isaías referente ao Messias que deveria “anunciar a Boa-nova aos pobres e sarar os contritos de coração”, alastrou-se uma dúvida: Poderia aquele patrício ser o Messias, se este deveria ser um rei guerreiro, com poder para expulsar os romanos? Não mais o quiseram ouvir e expulssaram-no da aldeia. E nós, frequentamos a igreja só por causa da beleza das cerimônias ou para convertermo-nos e arrependermo-nos de nossos pecados?

07.01 – Sexta-Feira

Texto: Lucas 5,12-16

Eu quero, sê purificado!

No Livro do Levítico, está escrito assim: Todo homem atingido pela lepra terá suas vestes rasgadas e cabeça descoberta. Cobrirá a barba e clamará: Impuro! Impuro! Enquanto durar o seu mal, ele será impuro. É impuro: habitará só, e a sua habitação será fora do acampamento. (Lv 13, 45-46). Mas, se o quadro que Jesus via no corpo daquele homem era desolador, sabia ele que aquele coração estava cheio de fé em Deus. Suas palavras devem também ser proferidas por nós quando nos referimos aos nossos pecados, que são como lepra da alma: Senhor, se queres podes limpar-me. Lá no Evangelho, prontamente Jesus respondeu àquele leproso: Eu quero: sê purificado, e no mesmo instante desapareceu do enfermo a lepra. Também quando desobedecemos a algum Mandamento da Lei de Deus e, com sinceridade, pedimos perdão a Deus por meio do Sacramento da Reconciliação, imediatamente nossa alma fica limpa de todos os pecados. Como o leproso, agradeçamos ao Senhor tamanha graça.

08.01 – Sábado

Uma boa repetição da semana, ou João 3,22-30

Importa que Ele cresça e eu diminua.

São João Batista respondeu a seus discípulos, que estavam enciumados por Jesus também batizar e que queriam exclusividade para o precursor do Messias. Sua resposta é de extrema verdade e humildade: cada um de nós recebeu dons de Deus que não são necessariamente os mesmos do outro irmão, pois ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do céu. Assim, ensinava a seus discípulos que o invejoso perde seu tempo cobiçando as qualidades do próximo e esquece-se dos dons que também possui e que lhe foram confiados pelo Criador. São João Batista completa sua lição de virtude afirmando que a verdadeira caridade se alegra com a felicidade do outro.


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Material produzido pelo Pe. Luís Renato Carvalho de Oliveira, SJ

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