Adoração dos Reis Magos

Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora
Quarto Mistério

Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem.

Mt 2, 11
Palavra de Deus

Mateus 2, 1-12

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, e perguntaram: «Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem.»

Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Herodes reuniu todos os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei, e lhes perguntou onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: «Em Belém, na Judeia, porque assim está escrito por meio do profeta: “E você, Belém, terra de Judá, não é de modo algum a menor entre as principais cidades de Judá, porque de você sairá um Chefe, que vai apascentar Israel, meu povo”.»

Então Herodes chamou secretamente os magos, e investigou junto a eles sobre o tempo exato em que a estrela havia aparecido. Depois, mandou-os a Belém, dizendo: «Vão, e procurem obter informações exatas sobre o menino. E me avisem quando o encontrarem, para que também eu vá prestar-lhe homenagem.»

Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que parou sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria.

Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres, e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, partiram para a região deles, seguindo por outro caminho.

Magistério da Igreja

Bento XVI

Epifania é mistério de luz

A luz que no Natal brilhou na noite iluminando a gruta de Belém, onde permanecem em silenciosa adoração Maria, José e os pastores, resplandece hoje e manifesta-se a todos. A Epifania é mistério de luz, simbolicamente indicada pela estrela que guiou a viagem dos Magos. Mas a verdadeira fonte luminosa, “que das alturas nos visita como sol nascente” (Lc 1, 78), é Cristo. No mistério do Natal, a luz de Cristo irradia-se sobre a terra, difundindo-se como círculos concêntricos. Antes de tudo sobre a Sagrada Família de Nazaré: a Virgem Maria e José são iluminados pela presença divina do Menino Jesus. A luz do Redentor manifesta-se depois aos pastores de Belém, os quais, avisados pelo anjo, vão imediatamente à gruta e nela encontram o “sinal” que lhes fora preanunciado: um menino envolvido em panos e colocado numa manjedoura (cf. Lc 2, 12). Os pastores, juntamente com Maria e José, representam aquele “resto de Israel”, os pobres, os anawim, aos quais é anunciada a Boa Nova. O esplendor de Cristo, por fim, atinge os Magos, que constituem as primícias dos povos pagãos. Permanecem na penumbra os palácios do poder de Jerusalém, onde a notícia do nascimento do Messias é levada paradoxalmente pelos Magos, e não suscita alegria, mas temor e reações hostis. Misterioso desígnio divino: “a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3, 1)).

Mas o que é esta luz? É apenas uma sugestiva metáfora, ou a imagem corresponde a uma realidade? O apóstolo João escreve na sua Primeira Carta: “Deus é luz e n’Ele não há trevas” (1 Jo 1, 5); e mais adiante acrescenta: “Deus é amor”. Estas duas afirmações, colocadas juntas, ajudam-nos a compreender melhor: a luz, que surgiu no Natal, que hoje se manifesta aos povos, é o amor de Deus, revelado na Pessoa do Verbo encarnado. Portanto, os Magos do Oriente são atraídos por esta luz. No mistério da Epifania, ao lado de um movimento de irradiação para o exterior, manifesta-se um movimento de atração para o centro, que leva a cumprimento o movimento já inscrito na Antiga Aliança. A fonte deste dinamismo é Deus, Uno na substância e Trino nas Pessoas, que atrai a si tudo e todos. A Pessoa encarnada do verbo apresenta-se assim como princípio de reconciliação e de recapitulação universal (cf. Ef 1, 9-10). Ele é a meta final da história, o ponto de chegada de um “êxodo”, de um caminho providencial de redenção, que culmina na sua morte e ressurreição. Por isso, na solenidade da Epifania, a liturgia prevê o chamado “Anúncio da Páscoa”: o ano litúrgico, de fato, resume toda a parábola da história da salvação, em cujo centro está “o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado”.

Solenidade da Epifania, 2006

Oração

— Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e mulheres de ciência, a fim de encontrarem as soluções justas para vencer este vírus.

— Assisti os Responsáveis das nações, para que atuem com sabedoria, solicitude e generosidade, socorrendo aqueles que não têm o necessário para viver, programando soluções sociais e econômicas com clarividência e espírito de solidariedade.

Papa Francisco. Mês de maio 2020.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

Ó Deus, que pela santíssima Virgem manifestastes ao mundo o vosso Filho como glória de Israel e Luz das nações, concedei-nos que, seguindo os conselhos e exemplos de Maria, fortaleçamos nossa fé em Cristo e o reconheçamos como nosso único Mediador.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.


Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora
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Imagem: Juan Bautista Maíno — La Adoración de los Reyes Magos, 1612/1614. Museo Nacional del Prado.

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