Nascimento de Jesus
Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora
Terceiro Mistério

Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou, e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa.
Lc 2,7
Palavra de Deus
Lucas 2, 1-7
Naqueles dias, o imperador Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento em todo o império. Esse primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. José era da família e descendência de Davi. Subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até à cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou, e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa.
Magistério da Igreja
São João Paulo II
A primeira discípula
Se Maria, mediante a fé, se tornou a genetriz do Filho que lhe foi dado pelo Pai com o poder do Espírito Santo, conservando íntegra a sua virgindade, com a mesma fé ela descobriu e acolheu a outra dimensão da maternidade, revelada por Jesus no decorrer da sua missão messiânica. Pode dizer-se que esta dimensão da maternidade era possuída por Maria desde o início, isto é, desde o momento da concepção e do nascimento do Filho. Desde então ela foi «aquela que acreditou». Mas, à medida que se ia esclarecendo aos seus olhos e no seu espírito a missão do Filho, ela própria, como Mãe, se ia abrindo cada vez mais para aquela «novidade» da maternidade, que devia constituir a sua «parte» ao lado do Filho. Não declarara ela, desde o princípio: «Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra»? (Lc 1, 38). Maria continuava, pois, mediante a fé, a ouvir e a meditar aquela palavra, na qual se tornava cada vez mais transparente, de um modo «que excede todo conhecimento» (Ef 3, 19), a autorevelação de Deus vivo. E assim, Maria Mãe tornava-se, em certo sentido, a primeira «discípula» do seu Filho, a primeira a quem ele parecia dizer: «Segue-me», mesmo antes de dirigir este chamamento aos Apóstolos ou a quaisquer outros (cf. Jo 1, 43).
Sob este ponto de vista, é particularmente eloquente aquele texto do Evangelho de São João, que nos apresenta Maria nas bodas de Caná. Maria aparece aí como Mãe de Jesus, que estava nos princípios da sua vida pública: «Celebravam-se umas bodas em Caná de Galileia; e encontrava-se lá a mãe de Jesus. Foi também convidado para as bodas Jesus, com os seus discípulos (Jo 2, 1-2). Do texto resultaria que Jesus e os seus discípulos foram convidados juntamente com Maria, quiçá por motivo da presença dela nessa festa: o Filho parece ter sido convidado em atenção à Mãe. É conhecida a sequência dos factos relacionados com esse convite: aquele «início dos milagres» feitos por Jesus ― a água transformada em vinho ― que leva o Evangelista a dizer: Jesus «manifestou a sua glória e os seus discípulos acreditaram nele» (Jo 2, 11).
Redemptoris Mater, 20-21
Oração
— Mãe amadíssima, fazei crescer no mundo o sentido de pertença a uma única grande família, na certeza do vínculo que une a todos, para acudirmos, com espírito fraterno e solidário, a tanta pobreza e inúmeras situações de miséria. Encorajai a firmeza na fé, a perseverança no serviço, a constância na oração.
Papa Francisco. Mês de maio 2020.
1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.
Ó Deus, que enviastes do céu ao seio da Virgem Maria o vosso Filho, palavra da salvação e pão da vida, concedei que a exemplo dela recebamos a Cristo, conservando no coração as suas palavras e celebrando na fé os mistérios da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo…
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora
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Imagem: Conrad von Soeste — Natividade, 1404. Evangelische Stadtkirche Bad Wildungen (Alemanha).