Visita a Isabel

Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora
Segundo Mistério

Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre!

Lc 1,42
Palavra de Deus

Lucas 1, 39-55

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: «Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.»
Então Maria disse:

Minha alma proclama a grandeza do Senhor,
meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
porque olhou para a humilhação
de sua serva.
Doravante todas as gerações me felicitarão,
porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor:
seu nome é santo,
e sua misericórdia chega aos que o temem,
de geração em geração.
Ele realiza proezas com seu braço:
dispersa os soberbos de coração,
derruba do trono os poderosos e eleva os humildes;
aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.
Socorre Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
conforme prometera aos nossos pais –
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.

Magistério da Igreja

Papa Francisco

Bem-aventurada és tu que creste

«Bem-aventurada és tu que creste» (Lc 1, 45): com estas palavras Isabel ungiu a presença de Maria na sua casa. Palavras que brotam do seu ventre, das suas vísceras; palavras que conseguem fazer ressoar tudo o que ela experimentou com a visita da sua prima: «Assim que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste» (Lc 1, 44-45).

Deus visita-nos nas entranhas de uma mulher, movendo as vísceras de outra mulher com um cântico de bênção e de louvor, com um canto de alegria. A cena evangélica contém em si todo o dinamismo da visita de Deus: quando Deus vem ao nosso encontro move as nossas vísceras, põe em movimento aquilo que somos, a ponto de transformar toda a nossa vida em louvor e bênção. Quando Deus nos visita deixa-nos inquietos, com a sadia inquietação daqueles que se sentem convidados a anunciar que Ele vem e está no meio do seu povo. Assim o vemos em Maria, a primeira discípula e missionária, a nova arca da aliança que, longe de permanecer num lugar reservado nos nossos templos, sai para visitar e acompanhar com a sua presença a gestação de João. Assim o fez também em 1531: correu até Tepeyac para servir e acompanhar o povo que estava em dolorosa gestação, tornando-se Mãe, tanto sua como de todos os nossos povos.

Com Isabel, também nós hoje queremos ungi-la e saudá-la, dizendo: «Bem-aventurada és tu que creste» e continuas a crer que «se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!» (v. 45). Assim, Maria é como que o ícone do discípulo, da mulher crente e orante que sabe acompanhar e animar a nossa fé e a nossa esperança nas diversas etapas que nos compete atravessar. […]

Sem dúvida, temos que aprender desta fé forte e solícita que caracteriza a nossa Mãe; aprender desta fé que sabe entrar na história para ser sal e luz nas nossas vidas e na sociedade.

[…]

Celebrar Maria é, em primeiro lugar, fazer memória da mãe, recordar que não somos nem nunca seremos um povo órfão. Nós temos uma mãe! E onde está a Mãe há sempre presença e sabor de casa. Onde está a mãe, os irmãos poderão desentender-se, mas triunfará sempre o sentido da unidade. Onde está a mãe não faltará a luta em benefício da irmandade. Sempre me impressionou ver, em diversos povos da América Latina, aquelas mães lutadoras que, muitas vezes sozinhas, conseguem criar os filhos. Assim é Maria. Assim é Maria em relação a nós, pois somos os seus filhos: Mulher lutadora diante da sociedade da desconfiança e da cegueira, perante a sociedade da indolência e da dispersão; Mulher que luta para fortalecer a alegria do Evangelho. Luta para dar «carne» ao Evangelho.

Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, 2016

Oração

— Protegei os médicos, os enfermeiros, os agentes de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na vanguarda arriscando a própria vida para salvar outras vidas. Acompanhai a sua fadiga heroica e dai-lhes força, bondade e saúde.

— Permanecei junto daqueles que assistem noite e dia os doentes, e dos sacerdotes que procuram ajudar e apoiar a todos, com solicitude pastoral e dedicação evangélica.

Papa Francisco. Mês de maio 2020.

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

Ó Deus, Salvador dos homens,
que pela Virgem Maria, Arca da Nova Aliança, levastes a salvação e a alegria à casa de Isabel, concede-nos que, obedecendo à inspiração do Espírito, possamos levar Cristo aos nossos irmãos, glorificando-vos com os nossos louvores e a santidade de nossa vida.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.


Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora
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Imagem: Vicente Macip — Visitação, 1540/1545. Museo Nacional del Prado.

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