Visita a Isabel

Mistérios da Alegria — II

Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,porque a seu povo visitou e libertou; e fez surgir um poderoso Salvador,como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos.

Lc 1,68-70
Palavra de Deus

Lucas 1, 39-56

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: «Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.»

Então Maria disse:
«Minha alma proclama a grandeza do Senhor,
meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
porque olhou para a humilhação de sua serva.
Doravante todas as gerações me felicitarão,
porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor: seu nome é santo,
e sua misericórdia chega aos que o temem,
de geração em geração.
Ele realiza proezas com seu braço:
dispersa os soberbos de coração,
derruba do trono os poderosos e eleva os humildes;
aos famintos enche de bens,
e despede os ricos de mãos vazias.
Socorre Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
— conforme prometera aos nossos pais —
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.»

Maria ficou três meses com Isabel; e depois voltou para casa.

Magistério

São Paulo VI

Maria é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a palavra de Deus com fé; fé, que foi para ela prelúdio e caminho para a maternidade divina, pois, como intuiu Santo Agostinho, “a bem-aventurada Maria, acreditando, deu à luz Aquele (Jesus) que, acreditando, concebera”; na verdade, recebida do Anjo a resposta à sua dúvida, “Ela, cheia de fé e concebendo Cristo na sua mente, antes de o conceber no seu seio, disse: “Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”; fé, ainda, que foi para Ela motivo de beatitude e de segurança no cumprimento da promessa: “Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”; fé, enfim, com a qual ela, protagonista e testemunha singular da Encarnação, reconsiderava os acontecimentos da infância de Cristo, confrontando-os entre si, no íntimo do seu coração. É isto que também a Igreja faz; na sagrada Liturgia, sobretudo, ela escuta com fé, acolhe, proclama e venera a Palavra de Deus, distribui-a aos fiéis como pão de vida, à luz da mesma, perscruta os sinais dos tempos, interpreta e vive os acontecimentos da história.

Maria é, além disso, a Virgem dada à oração. Assim nos aparece ela, de fato, na visita à mãe do Precursor, quando o seu espírito se efunde em expressões de glorificação a Deus, de humildade, de fé e de esperança: tal é o “Magnificat”, a oração por excelência de Maria, o cântico dos tempos messiânicos no qual confluem a exultação do antigo e do novo Israel, pois, conforme parece querer sugerir Santo Ireneu, no cântico de Maria convergiu o júbilo de Abraão, que pressentia o Messias e ressoou, profeticamente antecipada, a voz da Igreja: “exultante, Maria clamava, em lugar da Igreja, profetizando: a minha alma glorifica o Senhor…”. Este cântico da Virgem Santíssima, na verdade, prolongando-se, tornou-se oração da Igreja inteira, em todos os tempos.

Marialis cultus, 17-18

1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

Ó Deus, Salvador dos homens,
que pela Virgem Maria, arca da nova aliança,
levastes a salvação e a alegria à casa de Isabel,
concede-nos que, obedecendo à inspiração do Espírito,
possamos levar Cristo aos nossos irmãos,
glorificando-vos com os nossos louvores
e a santidade de nossa vida. 
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.


SANTO ROSÁRIO

Mistérios da Alegria
I II III IV V

Mistérios da Luz
I II III IV V

Mistérios da Dor
I II III IV V

Mistérios da Glória
I II III IV V

Imagem: Pontormo (1494-1557). Visitação de Carmignano, 1528/1530.

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