A quem iremos, Senhor?
Joana Eleuthério
Esse foi um ano estranho, diria assustador.
O final do ano, não menos.
Chegou nos atropelando.
Duzentos mil mortos não é problema
para muitos – governos e fabricantes de vacinas.
— Como serão as confraternizações
e as celebrações litúrgicas dessa época?
Estarão certos os que estão
levando a vida nos bares e festas
descartando as máscaras indispensáveis
para evitar contaminações e mortes?
— Quantas cadeiras estarão vazias
em função das mortes do Covid
nas ceias do final do ano?
“É por isso que estamos um pouco mais compreensivos este ano se as pessoas quiserem pendurar algumas luzes em suas casas, colocar a árvore um pouco mais cedo do que o normal e abrir os doces antes do dia 24. Como aconteceu com tudo este ano, até as tradições do Natal terão que ser alteradas por causa da pandemia.”
Mas a luz da alegria e
da verdadeira serenidade
só tem uma fonte.
Pedro tem razão.
— A quem iremos, Senhor?
Resta-nos rezar humilde e
esperançosamente:
“Vem, Senhor Jesus.”

Vem, Senhor Jesus!
Brasília, 9 de dezembro de 2020
Joana Eleuthério é graduada em Letras. Servidora pública aposentada da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal – Escola de Governo do Distrito Federal (EGOV).
Inaciana, avó e mãe, caminha pelas estradas de Jesus, de Santo Inácio e de Santa Teresa de Ávila, por onde tem se inserido na Comunidade do Centro Cultural Brasília (CCB/Jesuítas). Muito grata pela caminhada realizada até aqui.
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Imagem: Tarsila do Amaral — Romance, 1925. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.
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Caminhante sem nenhuma linearidade e com variados interesses – uma buscadora incansável.