Da confiança filial
Joana Eleuthério
O Senhor ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados.
Isaías 50,4-10
Nós, as filhas e filhos de Deus, clamamos ao Senhor
e Ele nos ouviu e colocou a sua alegria em nossa humanidade
Sempre chegando e sempre nos procurando para ser
o Consolador e Salvador em todas as nossas angústias.
A nós, resta-nos admitir que retribuir a Ele é
ter inteira confiança em seu amor incondicional
compreendendo que Ele precisa de nós,
conta conosco e espera nossa resposta.
Mas Jesus sofre conosco, apoia-nos e fortalece o nosso Papa,
que também conta conosco e nos diz isso claramente.
Ele, que é o coração de Deus e do Evangelho de Jesus
no meio de nós e nas terras mais longínquas, pobres e abandonadas…
Francisco tem enfatizado que devemos nos defender da pandemia
e fazer nossas orações com autêntica confiança, como Jesus.
O papa insiste sempre que devemos rezar pelas pessoas
que trabalham nos hospitais, no contato com os doentes da Covid,
arriscando a vida por amor ao próximo, como uma vocação.
Durante a sua vida pública, Jesus recorre constantemente ao poder da oração. Os Evangelhos mostram-no quando se retira para lugares isolados para rezar. Trata-se de observações sóbrias e discretas, que nos deixam apenas a imaginar aqueles diálogos orantes. Contudo, elas testemunham claramente que, mesmo em momentos de maior dedicação aos pobres e aos doentes, Jesus nunca negligenciava o seu diálogo íntimo com o Pai. Quanto mais estava imerso nas necessidades do povo, tanto mais sentia a necessidade de descansar na Comunhão trinitária, de voltar para o Pai e para o Espírito.
Papa Francisco
Confiemos na Santíssima Trindade e oremos à Ela e com Ela.
Subamos ao ‘monte ‘ de nossa fé para,
com os mesmos sentimentos de Jesus,
dialogarmos intimamente com o nosso Pai.
Somente isso poderá nos fortalecer e consolar
nesse tempo de tão doloroso luto e
angústia em relação ao futuro.
Na solidão e no silêncio de nossas lágrimas,
recebamos a graça de sermos amparados
pelo Pai que nos ama incondicionalmente
e nos protege ternamente com imensa compaixão,
embora nem sempre sejamos capazes
de ver e de compreender essa proteção.
Rezemos confiantes para as todas as pessoas doentes e famílias enlutadas do Brasil e do mundo. E também, de maneira muito particular, para a Nação Brasileira, que enfrenta tantos problemas e tantas divisões, necessitando encontrar caminhos de Luz para nos unirmos e nos tornarmos uma Nação Santa das filhas e dos filhos de Deus.
— “Vede como eles se amam.”

Na solidão e no silêncio de nossas lágrimas, recebamos a graça de sermos amparados pelo Pai que nos ama incondicionalmente
Brasília, 21 de janeiro de 2021
Joana Eleuthério é graduada em Letras. Servidora pública aposentada da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal – Escola de Governo do Distrito Federal (EGOV).
Inaciana, avó e mãe, caminha pelas estradas de Jesus, de Santo Inácio e de Santa Teresa de Ávila, por onde tem se inserido na Comunidade do Centro Cultural Brasília (CCB/Jesuítas). Muito grata pela caminhada realizada até aqui.
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Imagem: Antonio Gomide — O Encontro, 1935. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.
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Caminhante sem nenhuma linearidade e com variados interesses – uma buscadora incansável.