Quando o Espírito nos arrasta…
Quaresma sempre indica um tempo especial, de crise-crescimento; hoje diríamos, de discernimento. E o que devemos discernir? Qual é o crescimento-maturação que o tempo quaresmal nos propõe?
— Pe. Adroaldo Palaoro, SJ

Quaresma sempre indica um tempo especial, de crise-crescimento; hoje diríamos, de discernimento. E o que devemos discernir? Qual é o crescimento-maturação que o tempo quaresmal nos propõe?
— Pe. Adroaldo Palaoro, SJ
Quaresma: tempo litúrgico de reconstrução de cada um de nós e da comunidade; tempo que nos motiva a colocar em questão a razão de ser da vida – para que vivemos? sobre quê está fundamentada a nossa vida? para onde caminhamos?...
— Pe. Adroaldo Palaoro, SJ
Leia mais Somos “cinzas”, mas capazes de interioridade e diálogo
Somos convidados a viver a mística dos profetas nas grandes cidades. O místico não se cansa de ser sinal de esperança e testemunha do Deus da Vida no meio das contradições da cidade. Na cidade somos chamados a abrir nossas casas e estarmos sempre prontos para receber os desafios que vem da rua.
Pe. Adroaldo Palaoro, SJ
Deter-se para contemplar o coração de Jesus comovido, sacudido, diante da dor e da morte; assim é o seu coração: feito com as fibras da fortaleza e da coragem, entrelaçadas com as fibras da compaixão e da ternura.
Pe. Adroaldo Palaoro, SJ
Todos nós, de uma maneira ou de outra, somos cegos de nascimento, porque nascemos e crescemos em meio a sistemas sociais e religiosos que domesticaram nosso olhar, nos educaram a ter um olhar avesso e atrofiado. A cura do cego de nascimento, apresentado pelo evangelista João, é o sinal que nos fala daquilo que o Senhor nos oferece: caminhar na claridade do dia.
Junto ao poço, nossa pequena sede e a sede de Deus se encontram. Sua sede de justiça confrontada com nossa sede de harmonia; sua sede de misericórdia confrontada com nossa sede de reconhecimento; sua sede de compaixão confrontada com nossa sede de segurança. Não para diminuir nossa sede, mas para ampliá-la; não para menosprezá-la, mas para dignificá-la.
O resplendor da Transfiguração brilha no interior de cada um de nós; não nos vemos vazios por dentro porque no mais profundo de nós, na morada mais interior, está o “sol de onde procede uma grande luz” (Santa Teresa de Jesus).
Deixar-nos transfigurar. Somos seres de luz e nossa verdadeira transformação nasce de nosso interior.
Na Transfiguração, Jesus nos faz descobrir nosso verdadeiro ser, que vemos refletido n’Ele.
A leitura do Evangelho proposta pela igreja hoje é Lc 5,27-32. Jesus encontra Levi (Mateus) no trabalho de coletar impostos e o chama para seu Seguimento, para ser discípulo dele. Mateus aceita e o segue. Em seguida, Lucas narra Jesus fazendo uma refeição na casa de Mateus. Os Fariseus e Mestres da Lei murmuram, reclamam…
O evangelista Mateus apresenta a estadia de Jesus no deserto como um tempo de lucidez, fazendo-nos perceber que a relação filial da qual Ele tinha tomado consciência, iluminou de tal maneira sua visão, que se tornara impossível confundir a Deus com os falsos ídolos que o tentador lhe apresenta: um deus em busca de um mágico e não de um Filho; um “deus” contaminado das vazias pretensões do pior da condição humana: ter, brilhar, ostentar poder, exercer domínio...
A vida é um abrir-se aos demais (esmola), sintonizar-se com o coração de Deus (oração) e colocar ordem na própria existência (jejum). É preciso criar espaço novo no coração e na mente, para que coisas novas aconteçam.