Retiro do Advento & Natal 2023 — Tempo do Natal

VEM, SENHOR JESUS!
Retiro do Advento & Natal
2023
Na mística da encarnação
Introdução
Agora, Senhor, deixa o vosso servo ir em paz!
Lc 2, 29
A Sagrada Família – Jesus, Maria e José – é um ótimo exemplo para as nossas famílias. É errado pensar que não havia problemas a serem resolvidos entre eles. Prova disso foi o nascimento de Jesus, realizado em situações de pobreza extrema: “E Maria deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.: (Lc 2,7)
Domingo (31 dez.)
Lc 2, 22-40 – Sagrada Família
Oração preparatória: Senhor, que tua luz nos ilumine a construir família segundo o modelo da Sagrada Família onde reina o amor, o respeito e a comunhão!
Recordar a história: A história a ser contemplada é a apresentação de Jesus no Templo, diante de Simeão.
Composição de lugar: Trata-se de, com o olhar da imaginação, contemplar Jerusalém em toda sua grandeza, vão entrando no Templo, lugar de oração, vejam a simplicidade de Maria e José que devotamente levam Jesus para apresenta-lo como prescrevia a Lei de Moisés.
Graça: Senhor, concede-me a graça do conhecimento interno de Jesus, para mais amá-lo e segui-lo.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:
A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja…
A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Textos para a semana
Segunda-feira (01 jan.)
Lucas 2, 16-21
Santa Maria, Mãe de Deus.
O ano litúrgico antecipa-se ao ano civil, iniciando-se com o tempo do Advento que prepara o Natal. Na oitava do Natal, em 1º de janeiro, a Igreja faz a comemoração de Maria, “Mãe de Deus”. Este título de Maria, atribuído pelo Concílio de Éfeso (431), realça a íntima união entre a divindade e a humanidade, revelada na encarnação de Jesus. A maternidade divina de Maria vem, de certo modo, preencher a carência do feminino na imagem tradicional de Deus, particularmente no Primeiro Testamento. Nas devoções a Maria, os fiéis buscam a face materna de Deus. Nos evangelho Maria ocupa um papel mais discreto na Bíblia se comparado com a tradição católica. Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem, quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.
«A virgem engravidará e dará à luz um filho… Mas José não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus. » (Mateus 1,23-25), “Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. … será chamado Filho do Altíssimo.” Maria pergunta ao anjo Gabriel: “Como acontecerá isso, se não conheço homem?” O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.» (Lucas 1,26-35).
Lucas é o evangelista da misericórdia e dos pobres. Em sua narrativa, são os humildes pastores que, movidos pela esperança da libertação e do resgate de sua dignidade, vão ao encontro do recém-nascido. Maria acolhe o novo que se manifesta e, em oração, medita sobre seu significado. Em Jesus, que recebeu um nome comum em sua época, revela-se o projeto de Deus de nos conceder a salvação por meio da humildade e da comum condição da encarnação.
Terça-feira (02 jan.)
João 1, 19-28
Eu batizo com água, mas ente vós…
João convida a que permaneçamos no Filho e no Pai. A relação com o Pai e o Filho é comparada a uma «unção». A unção permeia, penetra nos tecidos, nos corpos. Assim, quem crê no Filho, possui-O e possui também o Pai, não precisando de mais nada, porque tem o Mestre interior que não mente.
Para acreditar, é preciso ser humildes como João Baptista. O homem temperado na solidão do deserto esconde-se e desaparece à sombra d´Aquele que se apresenta ao mundo. A sua missão foi exatamente dar testemunho. João não negou a Cristo; negou a si mesmo. Dificilmente negamos a Cristo diretamente; mas podemos negá-Lo afirmando-nos a nós mesmos.
O Cristão de hoje é chamado a ser anunciador do Evangelho e da palavra de Jesus, a voz que grita com a sua vida a verdade de Cristo, apesar da pobreza e da fraqueza que experimenta em si mesmo, nas suas palavras e métodos pastorais. O cristão é aquele que se define em função de Cristo. Dá testemunho d´Ele, prepara-Lhe a missão. Não procura centrar as atenções em si, mas em Cristo e no Evangelho.
A humildade é o caminho da caridade e a condição para um testemunho apostólico abençoado por Deus. Para vir até nós, Deus percorreu o caminho da humildade (cf. Fil 2, 6-11). Não temos um caminho diferente para irmos até Ele. A humildade permite-nos permanecer em Deus. A humildade é condição para um apostolado verdadeiro, que põe Cristo no centro das atenções. Não foi sem razão que Jesus nos mandou aprender d’Ele, não a pregar ou a fazer milagres, mas a ser “mansos e humildes de coração” (Mt 11, 29). A mansidão e a humildade de coração hão de caracterizar, de modo particular, aqueles que se intitulam discípulos do Coração de Jesus.
Quarta-feira (03 jan.)
João 1, 29-34
Eis o Cordeiro de Deus…
Ser batizado com o Espírito Santo é ser imerso e viver pelo poderoso Amor de Deus. Eu rezo por uma compreensão profunda deste mistério. Embora tenha preparado o caminho para Jesus, João reconhece que não sabia a quem esperar. Enquanto faço o meu melhor, à minha maneira, para preparar o caminho para Jesus, nem sempre sei exatamente para o que devo estar pronto. João permaneceu ativo e vigilante. Rogo para que eu encontre o equilíbrio entre manter-me ocupado no serviço de Deus sem deixar que minhas ocupações me sobrecarreguem.
A missão de João chegou ao fim. Sua função era apontar as pessoas na direção de Jesus, o Cordeiro de Deus. Com estas palavras, João abre a cortina e Jesus assume o centro da nossa história humana, convidando-nos a estar com ele. Jesus veio para tirar o pecado, mas às vezes me apego à culpa e não deixo o passado passar. No toque de seu Espírito no batismo, ele me cura e me liberta. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de mim!
Quinta-feira (04 jan.)
João 1, 35-42
Os dois discípulos seguiram Jesus…
A vocação dos dois primeiros discípulos nasce do testemunho de João Batista. A partir daí surge uma conscientização vocacional que envolve outras pessoas a partir do testemunho de quem esteve com Jesus: André encontra seu irmão Simão Pedro e o apresenta a Jesus. Em seguida, é Filipe quem encontra Natanael e lhe fala de Jesus. Assim, a partir do testemunho de outros, o grupo dos colaboradores de Jesus vai crescendo.
No Evangelho de João a vocação dos discípulos não se dá da mesma forma que nos outros evangelhos. Nestes, Jesus chama pessoalmente e de forma direta. Em João, o seguimento de Jesus se dá porque algumas pessoas sabem quem é Jesus e o comunicam a outros que, por sua vez, passam a fazer a mesma experiência.
O testemunho do Batista deve ter mudado completamente a vida dos dois discípulos. Vendo Jesus passar, ele diz: “Eis o Cordeiro de Deus”. João chama Jesus dessa forma porque descobriu nele o cordeiro pascal (Ex 12) e o servo sofredor (Is 53), síntese das expectativas de libertação do passado tornada presente na pessoa de Jesus que passa.
Os dois primeiros discípulos devem tomar a iniciativa, sem esperar que Jesus os chame. Para eles, bastou o testemunho de João Batista de que Jesus é o libertador. A partir desse momento, descobrem que em Jesus está a resposta a todos os seus anseios. O Batista, por causa do testemunho, perde os discípulos. Estes, pela coragem da opção que fizeram, dão pleno sentido a suas vidas e passam a ser testemunhas para os outros.
Sexta-feira (05 jan.)
João 1, 45-51
Pode vir coisa boa de Nazaré?
Uma das coisas fascinantes do evangelho de João, é que ele nos apresenta muitas histórias de vidas transformadas por Jesus. São vidas de pessoas simples com as quais podemos facilmente nos identificar. Uma dessas pessoas é Natanael.
Se tu ler cuidadosamente os 4 evangelhos perceberás que Natanael não é mencionado por Mateus, Marcos ou Lucas. João foi o único que se deu o trabalho de registrar algo sobre Natanael. Talvez porque a vida daquele homem aparentemente não significasse muita coisa, mas João é assim. Ele nos dá detalhes que os outros evangelistas não apresentam.
Este é o convite a uma nova experiência. Sair da morte para a vida, das trevas para a luz, da tristeza para a alegria. E note bem, o convite não vem diretamente de Jesus a Natanael. Filipe foi o instrumento que Deus usou para alcançar um homem perdido na confusão de suas limitações humanas.
Deus sempre usa instrumentos humanos para alcançar outros seres humanos. Primeiro tu tens um encontro pessoal com Cristo, sua vida muda e então você parte em busca de outras pessoas para contar as maravilhas que Jesus operou em sua vida. Quem diria que aquele dia, o testemunho fiel de Filipe levaria a notícia da vinda do Messias a todo Israel? E o que teria sido de Natanael se Filipe tivesse sentido medo de falar ou estivesse tão ocupado com outras coisas, que não tivesse tido tempo para procurar um amigo e falar de Jesus?
Sábado (06 jan.)
Repetição ou Marcos 1, 7-11
E foi batizado no Jordão…
O batismo de João Batista era um convite à mudança de vida. Aquele que saía da água era considerado um homem novo, pois aceitou mudar de vida.
Jesus não precisava ser batizado, pois não precisava mudar de vida. Ao passar pelas águas Ele deseja entrar na realidade das pessoas, compartilhando de suas condições e se colocando ao lado de suas vidas, tornando-se companheiro de caminhada.
Ao meditarmos o Batismo de Jesus no Rio Jordão somos chamados a refletir sobre o nosso batismo, buscando colocar-nos naquele dia em que a graça de Deus, na força do Espírito Santo, foi derramada sobre nós. Pense: Qual foi o dia de seu batismo? Aonde ele aconteceu? Quem foi o sacerdote?
O batismo marca, profundamente, nossa vida. Ele nos faz morrer para o homem velho e reviver para o homem novo, Jesus Cristo. É um dia muito importante, que deve ser celebrado e festejado. Assim como celebramos nosso nascimento para o mundo, devemos, ainda mais, celebrar o dia em fomos batizados, pois saímos das trevas para a vida nova em Deus. Deixamos de ser essência de Adão para sermos essência de Jesus Cristo.

Domingo (07 jan.)
Mateus 2, 1-12
Epifania do Senhor
Oração preparatória: Senhor, dai-nos um coração para amar a todas as pessoas, de todas as culturas e raças, de todas as crenças e religiões, pois nesta rica diversidade, Tu estás no meio de nós!
Recordar a história: A história a ser contemplada é a adoração dos reis magos a Jesus e de todas as culturas ao Deus da Vida.
Composição de lugar: Trata-se de, com o olhar da imaginação, contemplar Jesus e seus pais no presépio, naquele lugar tão simples e tão sagrado, sinto o cheiro, veja as pessoas, escute e veja os reis que vão chegando com tanta adoração.
Graça: Senhor, concede-me a graça do conhecimento interno de Jesus, para mais amá-lo e seguí-lo. E que possamos adorá-lo em toda nossa vida!
Epifania é uma palavra grega que significa “aparição”, “manifestação”. Nesta solenidade, indica, portanto, a manifestação de Jesus ao mundo. Nossa Salvador logo após seu nascimento, na gruta de Belém, foi apresentado aos pastores, que, assim que souberam de seu nascimento, foram adorá-lo, conforme nos narra São Lucas em seu Evangelho: “Depois que os anjos os deixaram e voltaram para o céu, falaram os pastores uns com os outros: “Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou” (Lc 2,15). Por que foram à gruta? Porque o enviado divino lhes tinha anunciado: “Hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.” (Lc 2, 11).
Que presente lhe terão levado? O principal: a fé em seu coração. A mesma fé levou os magos a empreenderem uma longa viagem para adorar “O reo dos judeus que tinha acabado de nascer (Mt 2,2). O que o Messias queria não eram os presentes materiais, mas seus corações. E nós? O que nos leva a receber o mesmo Jesus na Santa Comunhão? Será a mesma fé que nos leva a adorá-lo, como fizeram os pastores e os reis magos? Infelizmente, nem sempre é assim. Queixou-se Jesus: “Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim (Mt 15,8). Estar com o coração perto do Senhor significa participar de seu Reino de Amor. Se nos amarmos e amarmos os irmãos mais próximos, estaremos junto do coração de Deus.

Textos para a semana
Segunda-feira (08 jan.)
Marcos 1, 7-11
Batismo do Senhor!
Oração preparatória: Senhor, que todas as nossas intenções, ações e operações, enfim, todo o nosso ser, seja orientado sempre mais para o serviço e louvor de Deus e de nossos irmãos e irmãs.
Recordar a história: A história a ser contemplada é o batismo do Senhor no Jordão.
Composição de lugar: Trata-se de, com o olhar da imaginação, contemplar Jesus indo para o Jordão encontrar seu primo João Batista. Veja Jesus chegando, veja quantas pessoas estavam lá, que tipo de pessoas, veja, escute o que dizem, veja João Batista… e Jesus se aproximando dele e toda a cena…
Graça: Senhor, concede-me a graça do conhecimento interno de Jesus, para mais amá-lo e seguí-lo. E que possamos viver cada vez mais o nosso batismo.
Hoje, festejamos o Batismo de Jesus. Poderíamos pensar a priori que Jesus não tem razão alguma para submeter-se ao batismo praticado por João. Não tem necessidade de renascer, de lavar-se de um ser antigo, de atravessar as águas mortais. E o batismo de João, não foi dado «em remissão dos pecados»? Ou seja, para superar a divisão entre os homens e Deus? Pois esta divisão não existe em Jesus; ele não tem necessidade de nenhum êxodo para entrar numa nova vida. João diz bem quando afirma não ser digno nem mesmo de baixar-se para desamarrar as sandálias de Jesus. Ora, quando é que desamarramos as sandálias, senão ao fim da marcha? No fim do caminho percorrido para se entrar na vida nova? E quando Jesus irá terminar o seu percurso terrestre, senão no dia da Ressurreição?
O relato de seu batismo é uma espécie de antecipação pascal: sua «vida pública» é enquadrada por estes dois relatos da passagem pela morte, simbólico o do início e real o que vem depois. O próprio Jesus vai falar da sua paixão como de um batismo com o qual deverá ser batizado (Marcos 10,38 e Lucas 12,50). O homem que ressurgirá das águas mortais será verdadeiramente um homem novo, e definitivo: o “último Adão”, como diz Paulo em 1 Coríntios 15,45. Repitamos; Jesus não tinha necessidade nem do batismo de João nem da passagem através das águas da morte. Veio somente fazer-se um conosco, no sofrimento em que as nossas violências nos mergulharam, para que, com ele, nos fizéssemos também um, em sua nova humanidade recriada, para além das águas da morte.
Este é o meu Filho amado…
Marcos consagra dois versículos apenas às tentações do Cristo. São os que, ausentes de nossa leitura, seguem imediatamente ao relato do batismo. Estas tentações nos dizem que Jesus vai, desde o princípio, afrontar o mal que destrói no homem a sua humanidade e que vai acabar por crucificá-lo. Elas representam uma espécie de chave que permite decifrar tudo o que vai lhe acontecer. Neste contexto, as palavras vindas do céu, «Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu benquerer» são de alguma forma um selo divino, uma marca indelével que dará segurança a Jesus, no decurso de todas as provações que deverá sofrer. É uma iluminação prévia que, apesar de tudo, permitirá conservar a confiança e a segurança.
O que quer que aconteça com Jesus, será sempre o amado de Deus e nele será revelado todo o amor de Deus para com os homens, este amor mais forte do que a morte. Não percamos de vista que o que está dito sobre o Cristo vale também para nós. O nosso batismo nos designa também como filhos amados, repletos de todo o amor de Deus. No capítulo 6 da carta aos Romanos, Paulo escreve que é na morte do Cristo que fomos batizados. Pelo batismo e tudo o que ele significa nós «nos tornamos uma coisa só com ele por morte semelhante à sua e seremos uma coisa só com ele também por ressurreição semelhante à sua» (6,5). Todo o início deste capítulo 6 deve ser lido nesta perspectiva. Notemos que o batismo que recebemos já nos inscreve no universo da Ressurreição.
N.B.: Desejamos a todos uma abençoada continuidade na vida e ao longo de todo o Ano Litúrgico!
Retiro de Advento e Natal 2023
Mensagem inicial • Proposta • Semana introdutória
Semana I • Semana II • Semana III • Semana IV
Tempo do Natal
Adquira os livros do Retiro de Advento e Natal 2023
na loja on-line das Edições Loyola [clique aqui]
Pintura da capa: Pe. Luís Renato,SJ
Pinturas das semanas: Luís Henrique

