Paz
Paulo VI
A PAZ não pode basear-se numa falsa retórica de palavras, bem aceites, em geral, porque correspondem às profundas e genuínas aspirações dos homens, mas que podem também servir, e infelizmente algumas vezes já serviram; para dissimular o vazio de um verdadeiro espírito e de reais intenções de Paz, quando não até, para encobrir sentimentos e ações de opressão, ou interesses partidários.
Não se pode pois, falar de Paz; legitimamente, quando não são reconhecidos e respeitados os seus sólidos fundamentos : a sinceridade, ou seja, a justiça e o amor, tanto nas relações entre os Estados, como no âmbito de cada nação; entre os cidadãos e entre estes e os governantes. Depois, a liberdade dos indivíduos e dos povos, em todas as suas expressões, cívicas, culturais, morais e religiosas ; caso contrário, não se terá Paz ; ainda mesmo que, porventura, a opressão seja capaz de criar um aspecto exterior de ordem e de legalidade, no fundo haverá um germinar contínuo e insufocável de revoltas e guerras.
É pois à paz verdadeira, à Paz justa e equilibrada, assente no reconhecimento sincero dos direitos da pessoa humana e da independência de cada nação, que nós convidamos os homens prudentes e corajosos, a dedicar este « Dia » .
Mensagem para a celebração do I Dia Mundial da Paz. 1º de janeiro de 1968.
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